quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

O que é o rpg maker - hora de aprender


Olá pessoal, dessa vez vou fazer uma postagem tentando explicar o que é o Rpg Maker. Bem o Rpg maker é um programa grátis utilizado para criação de jogos de duas dimensões,  que se assimilam muito com os jogos de Super Nintendo como Zelda,Chrono tigger, Breath of fire e Final fantasy. Graças a facilidade de criar jogos, esta pode ser a mais querida ferramenta para produzir RPGS do mundo.

Toda a facilidade trazida por este programa, se dá ao fato de que ele já trás consigo inúmeros recursos gráficos, para que você não precise se desesperar por não saber como criar esses pacotes gráficos. O Rtp básico ja trás consigo muitos monstros, heróis, npcs, gráfico para mapas, músicas e efeitos sonoros, além de ter um database pré-configurado.
Esse post vai Terminar por aqui, pois não quero fazer algo com muitas informações,por enquanto. Depois, postarei sobre modos de configura-lo e conseguir alguns efeitos no Rpg maker. Espero que tenha ajudado. Abraços!

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

O espelho

A pequena Kimi era o retrato vivo, a miniatura de sua mãe Hideno.
Tinha o mesmo rosto comprido, a pele clara e a mesma fronte alta. Os cabelos, preto-azulados, eram iguais, e os olhos oblíquos e cintilantes sob as pálpebras semi-abertas eram os mesmos.
Apesar dos vinte anos de diferença, podia-se pensar que elas eram irmãs gêmeas. E não se pareciam apenas fisicamente, pois gostavam das mesmas coisas. O afeto que as unia era  tão grande que só se sentiam felizes quando estavam juntas.
Certo dia, Hideno ficou muito doente. Sofria muito ao pensar que um dia deveria deixar o mundo de ternura que sua linda filha de oito anos lhe proporcionava.
E como sofreria a pobre Kimi! Hideno procurava encontrar um meio de atenuar essa dor tão atroz para sua filha.
Um dia, chamou a menina e disse-lhe:
-Talvez eu me vá logo para o país onde todos nos encontraremos um dia . . . Não chore pequena Kimi . . . Ouça-me com atenção porque tenho algo muito sério e confortante a lhe dizer. . . Quando eu não estiver mais ao seu lado, estarei igualmente com você. . .
Hideno pegou uma grande caixa que seu marido lhe deixara e prosseguiu:
-Pegue esta caixa . . . Não a abra enquanto eu estiver viva. Quando eu me for, você poderá abri-la, mas sempre em circunstâncias muito especiais. Por exemplo quando você estiver triste ou alegre. Então meu rosto aparecerá no fundo da caixa e você sentirá que eu estarei com você nos momentos de dor e nos momentos de felicidade. . .
Alguns dias depois, Hidemo morreu.
Cheia de tristeza, a pobre Kimi abriu a caixa.E o que foi que viu? Sua mãe, sua querida mãe chorando com ela. . . ela estava lá, pronta a participar de seus sentimentos. . .
E assim o tormento de Kimi se acalmou um pouco.
Desde então abria sempre a caixa para dividir suas maiores tristezas e alegrias com sua mãe. E Hideno participava de todos os seus momentos.
Quando completou dezesseis anos, Kimi foi chamada pelo avô  materno que lhe disse conhecer um jovem bom e gentil. Gostaria muito que ela o esposasse. Ela imediatamente pensou no quanto seria bom se ela tivesse filhos, talvez uma linda menina que seria para ela o que fora para sua mãe. . .
Abriu a caixa e contou  o seu segredo. E Hideno do fundo da caixa, sorria-lhe com ternura. . .
Mas foi então que Kimi percebeu que tudo não passara de uma ilusão, pois no fundo da caixa havia um espelho que refletia sua própria imagem. E ela pensara sempre que ali estava sua mãe.
Esta revelação a teria arrasado alguns antes, mas agora não a perturbava.
Já não precisava do espelho para saber que sua mãe estaria sempre com ela, sofrendo com suas tristezas e alegrando-se com sua felicidade. . .

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

A peônia



Era a véspera de suas núpcias. A princesa Aya vagueava triste e silenciosamente pelo seu jardim, despedindo-se das coisas que tanto amava, quando de repente ouviu um suspiro que respondia aos seus lamentos. Voltou-se, e qual não foi o seu espanto ao ver, atrás de um arbusto de peônias, suas flores prediletas, um belíssimo jovem envolvido em um manto de veludo salpicado de peônias bordadas a ouro.
O jovem fitava-a com um olhar tão doce e triste, que ela se  emocionou até o fundo de seu coração. Depois desapareceu misteriosamente.
Profundamente perturbada com o encontro, Aya retornou lentamente à sua casa e disse ao pai que pornada desse mundo se casaria com seu prometido esposo,o príncipe Ako, pois seu único amor era o misterioso jovem do jardim.
O velho príncipe, que tanto amava sua filha, decidiu adiar as núpcias e ordenou a todos os seus cavaleiros e servos que saíssem, à procura do desconhecido de manto de veludo salpicado com peônias bordadas a ouro.
Os mensageiros transpuseram montanhas perigosíssimas, atravessaram rios caudalosos e desertos áridos, percorreram planícies sem fim. Tudo em vão, pois não encontraram em parte alguma o jovem misterioso. E voltaram ao castelo de mãos  vazias.
O velho príncipe, que era muito sábio, disse a filha:
-Minha menina, o jovem que você viu não é uma criatura deste mundo, pois, se fosse, meus homens teriam o encontrado. Ele é provavelmente o espirito da peônia, por isso seu desejo é irrealizável. Você deve saber que é impossível casar-se com um espirito. Amanhã o príncipe Ako estará aqui, e nós celebraremos as núpcias.
Aya inclinou a cabeça, assentindo. Entendeu perfeitamente que seu pai tinha razão e não insistiu em algo que mais parecia um capricho. Correu para o jardim e foi dar o ultimo adeus a suas flores preferidas. Ajoelhou-se  diante do arbusto de peônias e irrompeu em soluços.
As lágrimas caíam copiosamente de seus olhos e regavam a terra , e sob o orvalho triste de seu pranto desabrochou uma flor de incomparável beleza. Na manhã seguinte os convidados que passavam diante do arbusto de peônias paravam para admirar aquela magnifica flor. E após a cerimônia quando passaram por ali novamente, viram-na murchar e cair por terra.
O coração da pobre flor, não resistindo à dor de ver a princesa esposar um outro, despedaçou-se.

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

O Milagre de Shiro

Há muitos e muitos anos, em um pequeno vilarejo do japão, vivia um casal de velhinhos muito bondosos.
Um dia, o marido foi à montanha buscar lenha e, sentindo-se cansado sentou-se sob uma árvore para comer seu lanche. Enquanto comia, aproximou-se um cão branco, magro, de aspecto terrível.
-Pobre cão- disse amigavelmente o homem -, deve estar morrendo de fome! Tome, coma isso, você deve estar morrendo de fome!Sei que é pouco, mas é tudo o que eu tenho.
E assim deu-lhe o que restava de seu lanche. Depois pegou o feixe de lenha e voltou para casa, acompanhado de seu novo amigo.
Sua mulher, ao ver o animal, Recolheu-o carinhosamente preparou-lhe um apetitoso prato de sopa. O bicho tinha o pelo todo branco e por isso os velhinhos deram-lhe o nome de Shiro (em japonês, shiro significa "Branco"). Eles não tinham filhos e Shiro passou a ser tratado como um filho. O cãozinho engordou e ficou cada dia mais bonito! Ele gostava tanto de seus donos que nunca saía de perto deles.
Certo dia, o bom velhinho estava trabalhando no campo com sua enxada, e o cão, a seu lado, divertia-se pulando e correndo de cá para lá. De repente parou, endireitou as orelhas e começou a latir fortemente.
-Shiro, o que você tem? Viu algo de estranho? - disse o velho muito preocupado.
Qual não foi sua surpresa ao ver que Shiro, raspando o terreno com suas patinhas, dizia de modo quase inteligível:
-Cave aqui, au au, cave aqui, au au.
O velho cavava e o cão puxava a terra . . . Até que veio à luz uma panela cheia de moedas de ouro que tintilavam alegremente.
Uma cerca de estacas dividia as terras do casal de velhinhos e as de seu vizinho, um velho avaro e egoísta. Este ao ver o milagre do cão ficou vermelho de raiva, foi até a casa do velho e disse:
-Bom dia vizinhos. Eu e minha velha estamos sempre sozinhos. Gostaríamos que vocês nos emprestassem Shiro para nos fazer companhia.
-Pobrezinhos! Claro podem pegá-lo. - Consentiram os bons velhinhos.
Shiro seguiu os vizinhos de má vontade, e para libertar-se dos maus tratos do velho, pôs se a cavucar o terreno.
- Oh! Aqui está o tesouro- Exclamou o avaro. Amarrou o cão em uma planta e começou a cavar com todas as suas forças.
Cavou, cavou, até que descobriu cacos de telha, ossos, enfim tudo, tudo de mais sujo e feio que se possa imaginar.
O velho ficou indignado e começou a bater no pobre cão, que pôs se a latir como um louco.
O velhinho bom, ouvindo seu amigo que lamentava tanto, tratou de socorrê-lo imediatamente. Shiro, ao ver seu dono aproximou-se mancando.
O bom homem agarrou o velho maldoso pelo braço, impedindo-o de continuar a bater no pobre cão e disse:
-Peço-lhe perdão por todo o mal que meu cão possa ter feito. Por favor, perdoe-o. - E pegando delicadamente seu amigo nos braços levou-o para casa.

Mas, infelizmente , todos os cuidados dos dois velhinhos foram inúteis. Shiro morreu durante a noite.
No dia seguinte, os dois velhos desolados, sepultaram-no chorando, e sobre sua sepultura plantaram uma semente de pinheiro.
E Desde então passaram a ir todos os dias até o túmulo do amigo, e o pequeno pinheiro era regado com suas lágrimas. A planta foi crescendo a olhos vistos e em pouco tempo ficou tão grande que nem os braços de três homens esticados conseguiam envolver seu tronco.
O velho, admirado com toda aquela maravilha disse à mulher:
-Minha querida, este pinheiro é um milagre do nosso pobre Shiro. Tenho certeza que dentro dele está a sua alma.
-Eu também - disse a velhinha.
-Você se lembra do doce de arroz que ele gostava tanto? Então, por que você não faz um enorme pilão do tronco do pinheiro para eu preparar a farinha de arroz? Depois faço uma grande quantidade de doce e levo para a sepultura de Shiro.
-Ótima ideia! - Aprovou o marido, e sem mais cortou o tronco da árvore e pôs-se a fazer o pilão. Depois de pronto, começaram a jogar dentro o arroz e a socar.Mas com enorme surpresa perceberam que a cada golpe o arroz aumentava. Aumentou tanto que a uma certa altura começou a transbordar, e cada grão de arroz que caia se transformava em moedas de ouro. O vizinho avaro, ao saber desse novo milagre, foi correndo até a casa dos velhinhos.
Gostaria de fazer um doce de arroz e leva-lo à sepultura de shiro - disse.- Mas acontece que não tenho pilão para preparar a farinha. Por favor, emprestem-me o de vocês.
-Com todo prazer - pode levá-lo - responderam os velhinhos.
O avaro voltou para casa, todo contente, arrastando o pilão pelo caminho. Chegando lá começou a socar o arroz. Sua mulher veio ajudá-lo, mas quanto mais socavam, mais o arroz minguava, e cada grão de arroz que caía no chão se transformava em uma minhoca. Ele ficou com tanta raiva que pegou um grande machado, reduziu o pilão a pedaços e jogou-o na lareira.
No dia seguinte, o velhinho bom veio à sua casa gentilmente e lhe disse:
- Perdoe-me por incomodá-lo mas gostaria que devolvesse o meu pilão.
-O seu pilão rachou e eu o queimei. - respondeu o avaro.- Se o senhor faz tanta questão, pode pegar as cinzas, não tenho nada mais a lhe dar.
O velho recolheu tristemente as cinzas de seu pilão e colocou-as em um cesto. Depois retornou à sua casa cabisbaixo. Mas de repente um golpe de vento de inverno fez voar um pouco de cinza e esta foi pousar sobre um galho desfolhado. Imediatamente o galho encheu-se de flores como se a primavera tivesse voltado.
Então o velho correu até o vilarejo e começou a gritar com todas as suas forças:
-Faço florir galhos secos!Faço florir galhos secos! Um príncipe, montado em um lindo cavalo e acompanhado de seus cortesões, veio ao seu encontro:
-Faça Florir esta cerejeira.
O velho subiu na árvore e espalhou a cinza pelos seus galhos, e repentinamente nasceram flores maravilhosas.
-Magnífico! Seu poder mágico faz florir as plantas em pleno inverno! - disse o príncipe - e deu-lhe de presente um saco de moedas de ouro.
Ao saber do novo milagre, o velho maldoso ficou cheio de inveja. Pegou um cesto, colocou nele as poucas cinzas que ficaram na lareira e disse à mulher:
-Vamos alegre-se, alegre-se! Não quero perguntas, vou sair e quando voltar você sera a mulher mais rica do vilarejo.
E assim foi até os limites da cidadezinha subiu numa árvore e ficou paciente esperando o príncipe voltar do seu passeio.
Quando ouviu um tropel de cavalos que se aproximava, gritou a todo fôlego:
-Faço florir galhos secos!
Ao ouvir os gritos, o príncipe parou e olhou para o velho atenciosamente.
-Olhem! disse a seus cortesões. - Não é o mesmo velho de antes?.- O senhor também tem este poder? Está bem, faça uma demonstração para que eu lhe dê crédito. Vamos faça florir esta planta! O velho invejoso, pronunciando algumas palavras espalhou as cinzas pelos galhos da planta. Mas nada de flores nenhuma! às cinzas voaram por toda parte e foram parar nos olhos nariz e boca do príncipe. Muito irritado ordenou a seus soldados que tirassem aquele velho insolente da árvore.
Assim que se se viu no chão o velho ajoelhou-se e lhe disse, chorando:
-Shiro está me punindo pela minha maldade. Mas de agora em diante minha cobiça terá fim, serei um homem mudado. Senhor , deixe-me ir embora e expiar minhas culpas. Piedade!Piedade!
O príncipe ficou comovido com suas lágrimas, e, depois de compreendê-lo, duramente deixou-o seguir seu caminho sem ao menos tocar-lhe um fio de cabelo. E assim acaba a história dos milagres de Shiro. Não é preciso dizer que a casa dos velhinhos bondosos continuou a prosperar, e que o velho avaro cansou-se de suas más ações. Ele tornou-se tão bom quanto seus vizinhos, que lhe perdoaram todo o mal que lhes fizera.